terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma mulher admirável

Uma admirável mulher

Pude conhecer uma mulher, que só pela estória de vivência dela, comecei a admirá-la muito! Automáticamente sua estória afetou em  minha vida, e muitos exemplos de como educar meus filhos tiro dela.

Como toda família de antigamente, teve muitos irmãos. Ajudava a criar os irmãos mais novos, enquanto os mais velhos trabalhavam para o sustento da família.
Sempre ajudando nos afazeres de casa, e educando os irmãos. Ora apanhava dos irmãos mais velhos, por julgarem que nada fazia, ou por não cuidar direito dos mais novos. Ás vezes era vista como nervosa, mas nada de anormal, vista daquela época.

Logo se apaixonou e casou. Ela trabalhava em um escritório, e o marido como gerente de banco. Tivera uma vida boa por algum tempo!A vida financeira não era tão árduo como na infância.
E por conta disso, ajudaram os irmãos a se formarem. Mas como todo casal tem, teve seus perrengues no casamento! Turbulências, brigas, vícios...

Se passaram quase 10 anos, e ela não conseguia ter filhos. A pressão era grande, e as brigas constantes.
Essa mulher conseguiu engravidar, e teve um filho! Três anos mais tarde, teve outro.
A felicidade reinava. Finalmente a família estava completa.
Mas não durou muito isso...
Pela sua posição de emprego, o marido caiu no vício de jogos, bebidas. Apostou tudo que tinha, até a própria casa.

Essa mulher sempre trabalhava, e deixava as contas em dia, mas o marido não cumpria com suas obrigações e gastava o dinheiro no jogo. O marido perdeu o emprego, casa e tudo!
E num suposto incêndio, eles perderam tudo, apenas ficando com a roupa do corpo.
 Assim, o marido resolveu vir sozinho para o Japão para trabalhar.
Ela se divorcio dele, já  ele não queria o divórcio.

Fora deixado para trás a mulher com os dois filhos, com nada! Com a ajuda dos parentes dela, que eles conseguiram uma casa alugada para morar.
Não passou muito tempo, para que o ex-marido agora, deixasse de dar notícias e o sustento dos seus filhos. Simplesmente sumiu...

Ela nunca desistiu dos filhos, deu a vida a eles, e nunca se envolveu com homem nenhum mais!
Trabalhava para seu sustento, criava os dois filhos, e ainda dava conta de casa.

Logo, os dois filhos conseguiram empregos. Mais um bico, assim por dizer, por serem novos demais (o mais velho deveria ter uns 16 anos e o mais novo 13 anos). Mas sempre tinha gente dispostos a ajudar!
Estudavam, e um trabalhava numa relojoaria, e o outro como office boy!

A ajuda deles também em casa, era essencial, já que todos trabalhavam fora. Cozinhavam, limpavam, passavam, todas as coisas de casa era dividida.
Essa mulher sempre dava um jeito de dar, uma bola, ou aquela tão sonhada bicicleta. Coisa que eu acho que qualquer mãe faria, agente torna isso possível sempre para nossos filhos!

O mais impressionante, é que essas crianças foram felizes sim!
Apesar de tudo, tiveram o tempo de criança! Brincavam com bola, subiram em árvores, as aventuras com a bicicleta...
Tiveram dificuldades, mas comida era o que não faltava! Ela fazia não faltar! Chegava no final de semana, sempre tinha alguma coisa especial na mesa, e vinha os amiguinhos dos filhos para se juntar a essa fartura. Alguns eram bem pobrezinhos, não tendo nem o que comer, mas essa mulher nunca negava esse tipo de coisa.
Ás vezes os filhos iam pescar, e dava tudo para esses amiguinhos mais pobres. Imagine a felicidade deles??

A falta de um pai doía neles, principalmente no mais velho, que era mais apegado. O abandono do pai, foi irreversível para o mais velho! Imagine pra uma criança como deve ser?? Ter um pai, e de repente não ter mais? Isso afetou psicológicamente, levando a ser um pouco mais revoltado com a vida. Mas a mãe nunca desistiu, sabendo disso sempre tentava conversar com ele, e as vezes até pedia para os tios, conversar com ele sobre esses assuntos que só homem sabe!

Eu imagino como deve ser difícil, pois tendo um filho em casa, e eu sendo mulher, eu não sei como funciona as coisas. Como do mesmo modo nenhum homem sabe como funciona o corpo de uma mulher.
Ser mãe já é difícil, imagine ser mãe e pai??


A situação foi apertando, até que resolveram vir pro Japão, numa oportunidade melhor de vida. Chegando aqui, já enfentando vários tipos de problemas!
O empreiteiro foi buscar no aeroporto, e simplesmente deixo-os numa quitinete. Sem orientá-los aonde poderiam comer, como comprar, como ir aos lugares sem conhecer nada! Nada do que foi prometido...
Sem saber falar a língua, o medo de se perder na cidade, saíram em busca de comida. Perto não tinha supermercados, e o que salvou vou a famosa placa ao alto do Mc Donalds. Essa placa mundial que todos conhece, salvou! Lá dentro, mesmo não sabendo a língua, foi em mímica e apontos de dedos que conseguiram comprar algo pra comer.

O ex-marido apareceu algumas vezes, foram inúmeras tentativas de morar juntos novamente, mas nenhuma deu certo. Ele se afogou no seus vícios de jogos, apostas, mentiras, bebida...

E assim continua a estória dessa mulher que tanto eu admiro! A força de ter criado os filhos sozinha, a renuncia de sua própria vida por eles!
Hoje, os filhos estão encaminhados e ela se rendeu a um novo amor. Um novo amor bem diferente, que ama ela e dá valor que ela merece.
Mas mesmo assim, ela ainda vive para os filhos, netos, pessoas que ela ama! Como sempre, sem medir esforços para vê-los felizes!
Esse é minha história, dessa bela mulher guerreira que eu quero me espelhar! Admiro-a sempre!


Um pouco de estórias

Cada vez que penso nas pessoas, eu me emociono! Deus nos fez, seres humanos, mas tão maravilhosos e cada um com seu jeito de ser.
Se eu, uma mera ser humano já me emociono com as pessoas, imagine Ele?!
Cada um com suas bagagem de histórias e vivências. Por isso que aprendi a nunca julgar as pessoas, porque eu nunca sei o que eles passaram, o que passam, quais suas estórias. E é incrível, que só depois que agente conhece um pouco dessa estória, que pensamos como julgamos tudo errado!

Vou postar algumas, nem vou citar nomes de verdade.
Todas são estórias vista do meu ponto de vista, do modo que ouvi, e peguei pra mim como uma valiosa lição!

Caridade sem limite

Nesse final de ano que voltei pra casa, ouvi uma estória de uma menina de 12 anos.
Eu não a conheço, e nem a sua estória. Ela simplesmente quis me ajudar!

Estavam todos ajudando na feijoada beneficiente que fizeram pra mim, em outubro. Muitos ajudaram, doaram o que podia, e aquela correria de organizar tudo!
Faltava uma parte de dinheiro para poder comprar a TV para rifá-la. E um dia, esta menina estava voltando da escola, dentro da wagon, e ouvira da motorista( ela que ajudou a organizar tudo), que faltava pouco para completar a compra da Tv.

Ela simplesmente falou, que ajuda a completar o que falta. Que iria tirar da mesada dela!
Quando ouvi essa estória, e mesmo escrevendo tudo agora, me emociono muito! Pessoinha admirável! E foi ela, que doou e terminou com a compra a TV.

O que mais me emociona, é que não nos conhecemos, e ela teve essa vontade de ajudar. A intenção dela, foi mais valiosa que todas as coisas. E é isso que dinheiro nenhum compra! Coisa que nunca quero esquecer, a bondade dela.
Uma criança, de 12 anos, bem intencionada, que ajuda! Ela se doou, e fico curiosa em saber que tipo de adulto ela se tornará!

Um desconhecido bem intencionado

Esse homem, espero conhecê-lo logo também!
Ele mora em outro estado, que dá mais de 6 horas de viagem de carro. Ouvira sobre mim, na rádio!
 Minha mãe usou a rádio para agradecer o pessoal e pra falar da feijoada.

Ele entrou em contato com uma de minhas amigas, e disse que queria ajudar!
Mais alegrias pro meu coração, e admirações!
Um desconhecido de tudo, apenas quis ajudar outro ser humano. Chorei muito! E choro de pensar nas pessoas.
Liguei uma vez, para agradecê-lo! E ele disse, pra guardar o número de telefone, endereço, pra caso quando precise. Não pude falar muito, perguntar sobre ele, mas espero conhecê-lo em breve.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Apenas um pensamento

Desde que as dores se foram, eu não me sinto mais doente! Sei que
tenho a doença e estou tratando dela,mas não me sinto nem um pouco
doente. E o que me faz sentir um pouco "anormal".
Tenho meus momentos tristes, deprimentes ou uma crise rápida de raiva,
mas também tenho muita alegria e felicidade.
Li e ouvi estórias de muita gente que passou pelo que passei, e o que
me faz sentir "anormal",e o modo de pensar! Muitos se perguntam " Por
que eu?", quando eu exatamente sei o porque que contrai a doença .
"Por que tenho que passar por isso?", quando também eu sei a
resposta...
As minhas perguntas, todas eu obtive respostas claras e não mais
questionei.

Já sou alegre só pelo fato de estar viva, e eu acho que eu não devo
fazer o papel de doente, de coitadinha. Estou bem, feliz, alegre, e
assim que eu me sinto e e assim que vou transparecer! Uns podem
duvidar se realmente estou doente, ou estranhar, mas eu não me
importo, pois cada um vê de um modo,de um ponto de vista diferente.
Cada um vê o que quer, e eu quero ser o que sou realmente!

Pra mim o pior de tudo não e a doença,nem os exames dolorosos que
preciso fazer, e nem alguns efeitos colaterais que me causam. O pior
de tudo, o mais doloroso ,e ficar longe da minha família! Ver o meu
Amor só de domingo, e ver meus filhos uma vez por mês!
Não estou reclamando,mesmo porque meu Amor só folga aos domingos do
serviço, e para ele vim ao hospital que é longe, gasta duas horas de
trem. E meus filhos são pequenos, não podem entrar nesta ala do
hospital.
Hoje já existe celulares e notbook que da pra fazer vídeo-
conferência, isso alivia a saudade!

Existem muita gente que estão longe de seus familiares, uns em outros
países ou estado, seja por necessidade ou motivo de saúde. Tive a
oportunidade de tratar a doença no Brasil, mas eu não consigo ficar
longe da minha família! Por mais que o motivo seja saúde, eu não
consigo! Sou muito carente, muito apegada ao meu marido e meus filhos,
não suporto nem a ideia de ficar longe deles.
E eu me conheço, seria o fim para mim isso! Sem exageros!
São eles que me deram forca pra lutar, pra continuar. São minha
alegria, os pilares da minha ponte!

A saudade dói muito mais que tudo!